segunda-feira, 30 de março de 2009

Como entender o sonho que fala do futuro? Como explicá-lo?

Como é possível o conhecimento do futuro? Compreende se a possibilidade da previsão dos acontecimentos que devam resultar do estado presente; porém, não a dos que nenhuma relação guardem com esse estado, nem, ainda menos, a dos que são comumente atribuídos ao acaso. Não existem as coisas futuras, dizem; elas ainda se encontram no nada; como, pois, se há de saber que se darão? São, no entanto, em grande número os casos de predições realizadas, donde forçosa se torna a conclusão de que ocorre aí um fenômeno para cuja explicação falta a chave, porquanto não há efeito sem causa. É essa causa que vamos tentar descobrir e é ainda o Espiritismo, já de si mesmo chave de tantos mistérios, que no-la fornecerá, mostrando-nos, ao demais, que o próprio fato das predições não se produz com exclusão das leis naturais.

Tomemos, para comparação, um exemplo nas coisas usuais. Ele nos ajudará a compreender o princípio que teremos de desenvolver.

Suponhamos um homem colocado no cume de uma alta montanha, a observar a vasta extensão da planície em derredor. Nessa situação, o espaço de uma légua pouca coisa será para ele, que poderá facilmente apanhar, de um golpe de vista, todos os acidentes do terreno, de um extremo a outro da estrada que lhe esteja diante dos olhos. O viajor, que pela primeira vez percorra essa estrada, sabe que, caminhando, chegará ao fim dela. Constitui isso uma simples previsão da conseqüência que terá a sua marcha. Entretanto, os acidentes do terreno, as subidas e descidas, os cursos d’água que terá de transpor, os bosques que haja de atravessar, os precipícios em que poderá cair, as casas hospitaleiras onde lhe será possível repousar, os ladrões que o espreitem para roubá-lo, tudo isso independe da sua pessoa; é para ele o desconhecido, o futuro, porque a sua vista não vai além da pequena área que o cerca. Quanto à duração, mede-a pelo tempo que gasta em perlustrar o caminho. Tirai-lhe os pontos de referência e a duração desaparecerá. Para o homem que está em cima da montanha e que o acompanha com o olhar, tudo aquilo está presente. Suponhamos que esse homem desce do seu ponto de observação e, indo ao encontro do viajante, lhe diz: “Em tal momento, encontrarás tal coisa, serás atacado e socorrido.” Estará predizendo o futuro, mas, futuro para o viajante, não para ele, autor da previsão, pois que, para ele, esse futuro é presente.

Se, agora, sairmos do âmbito das coisas puramente materiais e entrarmos, pelo pensamento, no domínio da vida espiritual, veremos o mesmo fenômeno produzir-se em maior escala.

O homem tem de concorrer para o progresso geral, como certos acontecimentos devem resultar da sua cooperação, pode convir que, em casos especiais, ele pressinta esses acontecimentos, a fim de lhes preparar o encaminhamento e de estar pronto a agir, em chegando a ocasião. Por isso é que Deus, às vezes, permite se levante uma ponta do véu; mas, sempre com fim útil, nunca para satisfação de vã curiosidade. Tal missão pode, pois, ser conferida, não a todos os Espíritos, porquanto muitos há que do futuro não conhecem mais do que os homens, porém a alguns Espíritos bastante adiantados para desempenhá-la. Ora, é de notar-se que as revelações dessa espécie são sempre feitas espontaneamente e jamais, ou, pelo menos, muito raramente, em resposta a uma pergunta direta.

Pode também semelhante missão ser confiada a certos homens, desta maneira:

Aquele a quem é dado o encargo de revelar uma coisa oculta recebe, à sua revelia e por inspiração dos Espíritos que a conhecem, e revelação dela e a transmite maquinalmente, sem se aperceber do que faz. É sabido, ao demais, que, assim durante o sono, como em estado de vigília, nos êxtases da dupla vista, a alma se desprende e adquire, em grau mais ou menos alto, as faculdades do Espírito livre. Se for um Espírito adiantado, se, sobretudo, houver recebido, como os profetas, uma missão especial para esse efeito, gozará, nos momentos de emancipação da alma, da faculdade de abarcar, por si mesmo, um período mais ou menos extenso, e verá, como presente, os sucessos desse período. Pode então revelá-los no mesmo instante, ou conservar lembrança deles ao despertar. Se os sucessos hajam de permanecer secretos, ele os esquecerá, ou apenas guardará uma vaga intuição do que lhe foi revelado, bastante para o guiar instintivamente.

Nada, pois, tem de sobrenatural o dom da predição, mais do que uma imensidade de outros fenômenos. Ele se funda nas propriedades da alma e na lei das relações do mundo visível com o mundo invisível, que o Espiritismo veio dar a conhecer.

O Espírito encarnado não somente percebe, como também se lembra do que viu no estado de Espírito livre e essa lembrança é como um quadro que se lhe desenha na mente. Na encarnação, ele vê, mas vagamente, como através de um véu; no estado de liberdade, vê e concebe claramente. O princípio da visão não lhe é exterior, está nele; essa a razão por que não precisa da luz exterior. Por efeito do desenvolvimento moral, alarga-se o círculo das idéias e da concepção; por efeito da desmaterialização gradual do perispírito, este se purifica dos elementos grosseiros que lhe alteravam a delicadeza das percepções, o que torna fácil compreender-se que a ampliação de todas as faculdades acompanha o progresso do Espírito.

Essa aptidão, sem dúvida, decorre, muitas vezes, da retidão do juízo, no deduzir as conseqüências lógicas do presente; mas, doutras vezes, também resulta de uma especial clarividência inconsciente, ou de uma inspiração vinda do exterior. O que tais homens fizeram quando vivos, podem, com razão mais forte e maior exatidão, fazer no estado de Espíritos livres, quando não têm a visão espiritual obscurecida pela matéria.


Resposta à pergunta enviada a nós, a respeito do artigo denominado "A Visão Espírita dos sonhos", publicado neste blog em 25/03/2009.


Fonte de pesquisa: A Gênese, Cap. 16, "A Teoria da Presciência"
Allan Kardec


A origem espiritual das doenças



No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma consequência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material.

O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas.

A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas.

Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito.

Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas.

Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota-mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer.

No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”.

Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo.

Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em consequência, causando as doenças.

A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito.

Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

Texto extraído do site da Revista Cristã de Espiritismo: http://www.rcespiritismo.com.br/

fonte:
http://sejaespiritaonline.blogspot.com
http://campofertil.blogspot.com/



quinta-feira, 26 de março de 2009

Renascer

“Renascer…eis a vida, o progresso incessante, e eterno evoluir, eis a lei do Criador ! Eis o mestre Jesus, como luz rutilante e ensino imortal no evangelho do amor.

Renascer…eis a lei imutável, constante, pela qual nosso “eu” no cadinho da dor, em sublime ascensão pela luz deslubrante, subirá para Deus, nosso Pai e Senhor… ”

Chico Xavier

Fonte: http://campofertil.blogspot.com/


O Pensamento e o Sofrimento

Tocava a velha sirene, o sinal das sete e trinta e cinco horas da manhã, assinalando o início das aulas. Aos poucos o imenso jardim do Educandário Pedro Evangelista ia-se esvaziando, e os alunos seguiam em grupos para as salas de aula. Destacava-se um pequeno grupo por sua alegria e gentileza com os demais alunos: Mário, Roberto, Júlia, Francisca e Gertrudes. Tinham-se tornado amigos desde quando há anos se haviam encontrado no primeiro ano deste curso, na classe de alfabetização.

Nesta manhã adentraram com seu barulho habitual a sala de aulas e já encontraram Dom Pedrito encostado na lousa, escrevendo algumas anotações. O italiano de origem imigrante, ensinava História Geral. O grupo disciplinado calou-se e seguiu cada um para sua carteira. Dom Pedrito então deu início à sua aula.

- Bom dia a todos! Penso que hoje poderemos vislumbrar um pouco mais de nossas origens. Vocês poderão verificar o assunto que eu vou abordar, nos vários livros em que deixei anotados os nomes e a localização deles neste assunto: Jesus.

Enumerando as datas e locais, Dom Pedrito foi tentando localizar no tempo o início do Cristianismo. Religião ou seita que segue as orientações e ideias de Jesus. Dizia ele. Júlia, a mais desinibida do grupo especial, então perguntou:

- Dom Pedrito, nós já podemos contar, segundo entendi, mais de mil e setecentos anos após o nascimento e a morte de Jesus. Se as ideias e notícias, os ensinamentos dele, são dele como o senhor afirmou... Ele é especial? É que hoje, em todas as partes do Mundo, encontramos seguidores do Cristianismo, embora com pequenas diferenças, como o senhor assinala...

O professor, de porte alto e esguio, debruçou-se na mesa de trabalho e soltou o verbo:

- Jesus mostrou (e ainda hoje mostra, segundo seus seguidores, através de palestras e exemplos) que o pensamento revela o que sente o Homem. Tudo que sai pela boca do homem é o que está em seu coração, e representa seus anseios e seus desejos. E o sofrimento de hoje e de amanhã, é consequência dos nossos pensamentos, algumas vezes egoístas e equivocados, e com origem na ignorância da Verdade sobre a Vida Eterna. Portanto, a fé no futuro e o entendimento da imortalidade, a certeza de que a felicidade de que Jesus fala é a do Imortal, e, portanto, desprendida dos bens e conquistas materiais, saneia os pensamentos e redireciona as ações. Garante uma vida futura mais feliz e fraterna.

Segundo Jesus, a chave que abre a porta do viver feliz e alegre, está no que pensamos. Pensar no bem e fazer o bem, traz o bem. Pensar no mal e fazer o mal, traz o mal. Misturar os dois traz uma vida oscilante, recheada de bons e maus momentos.

Júlia então interveio:

- Agora entendo que esse Jesus deve conhecer Deus, que me parece que é a causa de tudo que existe no Mundo. E que pensar coisas boas, ver coisas boas, ouvir coisas boas, coloca-nos em sintonia com coisas boas, e nos traz mais paz e felicidade. Entendi que Jesus ensina que o pensamento é a chave do amanhã.

Tocou a campainha para o intervalo, e os garotos correram para o jardim, com renovada alegria. Era hora de cuidar das aves de espécies em extinção que mantinham em cativeiro provisório. Por cada bando que libertavam na Natureza, eram também os seus pensamentos puros que se elevavam para o Criador.

Psicografado por Jorge Luiz; autor: Espírito "O Estudante"

Fonte: http://blog-espiritismo.blogspot.com


quarta-feira, 25 de março de 2009

Poesia de Emmanuel

Senhor:
ante o céu estrelado,
que nos revela a tua grandeza,
deixa que nossos corações se unam
à prece das coisas simples...


Concede-nos, Pai,
A compaixão das árvores,
a espontaneidade das flores,
a fidelidade da erva tenra,
a perseverança das águas que
procuram o repouso nas profundezas,


a serenidade do campo,
a brandura do vento leve,
a harmonia do outeiro,
a música do vale,
a confiança do inseto humilde,


o Espírito de serviço da Terra benfazeja,
para que não estejamos recebendo,
em vão, Tuas dádivas, e para que o
Teu Amor resplandeça no centro de
nossas vidas, agora e sempre.

Assim seja


Do livro: Antologia da Criança. Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Fonte: http://blog-espiritismo.blogspot.com/


A Visão Espírita dos sonhos

O Sonho é uma interrogação para muitas pessoas. No livro de Carlos Bernardo Loureiro - “A Visão Espírita do Sono e dos Sonhos”, Casa Editora O Clarim. Matão, SP. 144 páginas, vamos encontrar muitas respostas.

É possível determinar relações precisas entre essas percepções e os aspectos da realidade ordinária? Como analisar esse psiquismo noturno?

Erick Fromm afirma que “o inconsciente só o é em relação ao estado normal de atividade”, “são simplesmente estados mentais diversos, que se referem às modalidades existenciais diferentes.” Assim, podemos admitir que a mente consciente constitui apenas parte do psiquismo total. Existe uma vida psíquica chamada de “inconsciência”. Esta atividade psíquica é o principal protagonista quando o sono retira a outra de cena. Na realidade o inconsciente acha-se representado naquela fração do sonho que se registra na memória consciente.


O que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos?

“Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra.

São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito tem realidade, porém que, frequentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta. Não se contam por muitos os casos de pessoas que em sonho aparecem a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do que a elas está acontecendo?

Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de tais pessoas a se comunicarem com entes caros? Quando tendes certeza de que o que vistes realmente se deu, não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência, sobretudo se o que observastes não vos passava pela mente quando em vigília?” Livro dos Espíritos, questão 404.


A alma é um ser pensante que permanece ativo durante o sono? Existem provas materiais da atividade da alma durante o sono?

Durante o sono, a alma repousa como o corpo? “Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” Livro dos Espíritos questão 401.

A enciclopédia de Diderot (Denis, 1713-1784), no verbete “Sonambulismo”, relata a história de um jovem sacerdote que se levantava à noite, dirigia-se ao seu escritório e escrevia longos sermões e retornava ao leito. Existem relatos da resolução de problemas matemáticos que não eram resolvidos quando os indivíduos estavam acordados.


Existe uma memória latente? Os sonhos trazem à tona lembranças julgadas esquecidas para sempre?

Seis meses depois o indivíduo sonha com o local em que perdera o canivete. Ao despertar procura e acha o objeto (F.H. Myers, La Concience Subliminale, Annales Phychiques).


Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

“Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília.

Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro...” Livro dos Espíritos, questão 402.

Richet (Prêmio Nobel de Medicina) descreve a memória fotográfica de sonambulos. A eclosão desses registros mnêmonicos subconscientes não deve ser confundida como a intervenção de seres espirituais. Trata-se de fragmentos da vida que são exumados naturalmente ou por estímulos especiais, das profundezas do ser (Pierre Janet).


Pode-se provocar sonhos por hipnose e induzir uma pessoa a sonhar com outra?

Sim, responde o Dr. Sherenk-Notzing (Munique-Alemanha) após experiência hipnótica com a sensitiva (clarividente) Lina. Seus resultados são muito importantes para a discussão do homem como um ser de natureza bio-psico-socio-espiritual. O pesquisador deu à sensitiva a ordem pós-hipnótica de sonhar, na noite seguinte, com uma determinada pessoa, não esquecer o sonho e contá-lo no dia imediato. Pela manhã, ao acordar, e em presença dos pesquisadores, contou o que aconteceu durante a noite. A hipótese de uma transmissão, através do pensamento de um dos pesquisadores auxiliares, era inviável por vários motivos, até porque uma visita casual de uma amiga do Sr. F.L., foi relatada pela clarividente e identificada, posteriormente, com base na descrição da sensitiva.


Pode o homem, pela sua vontade, provocar as visitas espíritas? Pode, por exemplo, dizer, quando está para dormir: Quero esta noite encontrar-me em Espírito com Fulano, quero falar-lhe para dizer isto?

“O que se dá é o seguinte: Adormecendo o homem, seu Espírito desperta e, muitas vezes, nada disposto se mostra a fazer o que o homem resolvera, porque a vida deste pouco interessa ao seu Espírito, uma vez desprendido da matéria.

Isto com relação a homens já bastante elevados espiritualmente. Os outros passam de modo muito diverso à fase espiritual de sua existência terrena. Entregam-se às paixões que os escravizaram, ou se mantêm inativos. Pode, pois, suceder, tais sejam os motivos que a isso o induzem, que o Espírito vá visitar aqueles com quem deseja encontrar-se.

Mas, não constitui razão, para que semelhante coisa se verifique, o simples fato de ele o querer quando desperto.” Livro dos Espíritos, questão 416.


Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?

“Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.” Livro dos Espíritos, questão 414.

O hanseniano Jésus Gonçalves, descrente, era um materialista e dizia não acreditar em nada disso. É autor de “Falta", onde diz assim: Onde andará um “não sei quê”, um Bem, em cuja busca sou judeu errante? Por onde eu passo, já passou também... E quando chego já partiu há instante... Não sei se está na vida, ou mais adiante, dentro da morte, nas mansões do Além... Se está no amor... se está na fé, perante os dois altares que esta vida tem. Mas, se esta vida é um sonho, a morte o nada; o amor um pesadelo; a fé receio; por que manter-se em luta desvairada? No entanto, eu sigo... acovardado, triste... a procurar em tudo em que não creio, a coisa que me falta e não existe!

Sob o ponto de vista biomédico podemos perceber que uma pessoa está sonhando por estranhos movimentos oculares produzidos em certa etapa do sonho. O período REM (rapid eye movements) é “paradoxal” porque no ápice do relaxamento vamos encontrar uma atividade intensa de numerosas estruturas cerebrais, com variação da frequência das ondas cerebrais e traçado próximo ao do estado de vigília. Há nessa fase anulação do olfato e paladar, mas as células nervosas enviam estímulos ao ouvido, aos olhos e ao sentido do equilíbrio. Quando acordadas neste período as pessoas eram capazes de contar um sonho.


Como interpretar o sonho que tivemos com um ente querido já desencarnado?

A tarefa não é muito fácil porque estamos mergulhados numa matéria muito densa. No entanto, o espírito André Luiz (médico desencarnado) nos oferece um exemplo muito bom e que é encontrado no livro “Os Mensageiros” (FEB) capítulo 38, quando ele sonha com a avó desencarnada e faz a interpretação da mensagem recebida.

Outro médico (psiquiatra ainda encarnado) mostra a importância dos sonhos para o diagnóstico da melancolia involutiva, destacando-a como uma síndrome com características próprias dentre as doenças conceituadas como depressão maior. Sua conclusão, nos Arquivos Brasileiros de Medicina, 71(3): 111-114, 1997, se baseia na análise de 118 casos.


Uma pessoa que dorme pode ter consciência de que está sonhando?

Sim, responde o psiquiatra holandês Dr.Frederick Willem van Eeden, que teve a confirmação feita pelo Dr Stephan Laberge, na Universidade de Stanford(EUA). A mesma resposta era dada por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino (sonhos lúcidos).


Podemos estender o conceito de sonho a todos os estados alterados de consciência dos quais o psiquismo profundo tende a subir em primeiro plano, até subjugar o EU da superfície?

Podemos participar de mensagens oníricas diurnas? Podemos sonhar acordados?

Esta dimensão diurna do sonho é um convite à pesquisa .

Dr. M. Kleitmam da Universidade de Chicago (“Sleep and Wakefulness”) demonstrou que, também de dia, a atenção consciente se afrouxa em períodos, de acordo com o ritmo que corresponde perfeitamente ao alternar noturno do sono profundo ao leve.

O estado de plena “vigilância consciente” não dura mais do que um minuto ou dois por hora, o que é uma condição indispensável para uma certa eficiência criadora do intelecto, conforme F. Myers, P. Bunton e ainda John Pfeiffer (The Human Brain).

Uma mulher, diante de uma mensagem onírica diurna, interrompe seus afazeres domésticos, chama um táxi e vai encontrar o filho caído quase morto ao lado da moto. “O paranormal é o normal que ainda não compreendemos!


Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente despertos os corpos?

“O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia por todos os lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, se bem que mais dificilmente.” Livro dos Espíritos, questão 420.


O fenômeno a que se dá a designação de dupla vista tem alguma relação com o sonho e o sonambulismo?

“Tudo isso é uma só coisa. O que se chama dupla vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.” Livro dos Espíritos, questão 447.


Qual a visão espírita desses fenômenos?

* Sonhos fisiológicos - por influência orgânica vive-se situações alucinatórias.
* Sonhos pantomnésicos - recordações do passado.
* Sonhos premonitórios - apreensão do futuro, sonho profético.
* Sonhos espirituais - vivência no plano espiritual.

Freud não poderia explicar o sonho profético como realização de um desejo recalcado no inconsciente.


Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?

“Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. (Livro dos Espíritos, questão 402).

“A árvore trará novas sementes, das quais germinarão novas árvores. Todas estavam escondidas na primeira semente,” Discurso de Metafísica, Leibniz (1686).

Lincoln viu, em sonho, cenas de seu próprio velório, uma semana antes de ser assassinado, relatando-o ao amigo Ward Lamon, que escreveu o episódio em seu diário.


É um monumental determinismo o conhecimento antecipado do futuro? É possível modificar o “Carma”? Existem as coisas futuras ou elas se encontram no NADA, e ainda não existem? O sonho profético é contrário ao livre arbítrio?

É possível prever acontecimentos derivados do presente. No entanto, como prever os que não guardam nenhuma relação com esse estado presente? Como explicar os que são atribuidos ao acaso?

Nostradamus previu a decapitação do Duque e deu o nome do carrasco, que foi escolhido “ao acaso”, na hora. Isto 66 anos após a morte do médico francês (1503-1566). O cálculo matemático da probabilidade desta predição estaria na proporção de um para cinco milhões contra o acaso.


Estando desprendido da matéria e atuando como Espírito, sabe o Espírito encarnado qual será a época de sua morte?

“Acontece pressenti-la. Também sucede ter plena consciência dessa época, o que dá lugar a que, em estado de vigília, tenha a intuição do fato. Por isso é que algumas pessoas prevêem com grande exatidão a data em que virão a morrer.” Livro dos Espíritos, questão 411.


Mas, como entender este sonho que fala do futuro? Como explicá-lo?

Allan Kardec, no Livro “A Gênese” discute o assunto na “Teoria da Presciência”.


Luiz Carlos D. Formiga

Palestra proferida pelo Prof. Formiga no CENPES, Centro de Pesquisas da Petrobrás, em 1998.

Publicado na Revista Internacional de Espiritismo, Ano LXXIV, número 1, Matão, fevereiro de 1999.


Fonte: www.espirito.com.br


sábado, 21 de março de 2009

Ciencia e Espiritismo

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é mostrar que a teoria espírita não parte de ideias preconcebidas e imaginarias; é fruto de um árduo trabalho de pesquisa das inter-relações entre materia e Espírito. Para tanto, procede da mesma forma que a ciencia natural. Para que possamos desenvolver as nossas ideias, preparamos um pequeno roteiro: conceito, histórico, relação entre ciencia e religião, ciencia espírita e cultivo da ciencia espírita.


2. CONCEITO

2.1. SENTIDOS DA PALAVRA CIENCIA

A palavra ciencia é usada com diversas significações. Em sentido amplo, ciencia significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciencia disto ou daquilo; em sentido restrito, ciencia não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não só apreende ou registra fatos, mas os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas. (Ruiz, 1979, p. 123)

2.2. CARACTERÍSTICAS DA CIENCIA

Cumpre observar que as definições de ciencia são numerosas. Seria mais coerente enumerar algumas de suas características, ou seja:

2.2.1. Conhecimento pelas causas

Ao contrário do conhecimento vulgar, o conhecimento científico implica em conhecer pelas causas. Se o cientista observa a chuva, ele quer saber porque chove, dispensando a influencia dos deuses. Age da mesma forma com relação a um fato político. Com respeito ao aparecimento de Napoleão Bonaparte no quadro político internacional, o cientista não dirá simplesmente que Napoleão fora um gênio militar, mas procurará as causas políticas e econômicas que o fizeram emergir no cenário mundial.

2.2.2. Profundidade e generalidade de suas condições

O conhecimento pelas causas é o modo mais íntimo e profundo de se atingir o real. A ciencia não se contenta em registrar fatos, quer também verificar a sua regularidade, a sua coerencia lógica, a sua previsão etc. A ciencia generaliza porque atinge a constituição íntima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie. A validade universal dos enunciados científicos confere à ciencia a prerrogativa de fazer prognósticos seguros.

2.2.3. Objeto formal

A finalidade da ciencia é manifestar a evidencia dos fatos e não das ideias. Procede por via experimental, indutiva, objetiva; suas demonstrações consistem na apresentação das causas físicas determinantes ou constitutivas das realidades experimentalmente controladas. Não se submete a argumentos de autoridade, mas tão-somente à evidencia dos fatos.

2.2.4. Controle dos fatos

Ao utilizar a observação, a experiencia e os testes estatísticos tenta dar um caráter de exatidão aos fatos. Embora os enunciados científicos possam ser passíveis de revisões pela sua natureza “tentativa”, no seu estado atual de desenvolvimento, a ciencia fixa degraus sólidos na subida para o integral conhecimento da realidade. (Ruiz, 1979, p. 124 a 126)

2.3. ALGUMAS DEFINIÇÕES

* Conhecimento certo do real pelas suas causas.

* Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais metodicamente demonstradas e relacionadas com objeto determinado.

* Atividade que se propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas.

* Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.

* Conjunto de conhecimentos organizados relativos a uma determinada materia, comprovados empiricamente. (Ruiz, 1979, p. 126)


3. HISTÓRICO

Garcia Morente, em Fundamentos de Filosofia, ao analisar o conceito de filosofia através dos tempos, conduz-nos à origem da ciencia. Diz-nos ele que todo o conhecimento desde a Antigüidade clássica até a Idade Media era entendido como sendo filosófico. Somente a partir do século XVII, o campo imenso da filosofia começa a partir-se. Começam a sair do seio da filosofia as ciencias particulares, não somente porque essas ciencias vão se constituindo com seu objeto próprio, seus métodos próprios e seus progressos próprios, como também porque pouco a pouco os cultivadores vão igualmente se especializando. (1970, p. 28)

Devemos deixar claro que as ciencias, por essa mesma razão se completam e uma necessita da outra. Observe que a Astronomia, a primeira das ciencias, só atingiu a maioridade, depois que a Física veio revelar a lei de forças dos agentes naturais.

O Espiritismo entra nesse processo histórico dentro de uma característica 'sui generis', ou seja, enquanto a ciencia propicia a revolução material, o Espiritismo deve propiciar a revolução moral. É que Espiritismo e ciencia se completam reciprocamente; a ciencia, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da materia; ao Espiritismo, sem a ciencia, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da materia tinha que preceder o da espiritualidade, porque a materia é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo. (Kardec, 1975, p. 21)


4. RELAÇÃO ENTRE CIENCIA E RELIGIÃO

A estrutura do pensamento na Idade Media estava condicionada à Escolástica, movimento filosófico religioso, que submetia a razão à fé. Havia tamanha ingerência da Igreja nas questões sociais, políticas e econômicas, que por qualquer desvio da ordem preestabelecida, muitos acabavam pagando com a propria vida por tal heresia. Acontece que as coisas se modificam e a verdade acaba por vencer os erros da ignorância.

Galileu, em 1609, constrói o telescópio e, com isso, muda radicalmente a visão do homem quanto ao Universo e à propria vida. Porém, o Santo Ofício contrapunha: o telescópio poderia, com efeito, revelar coisas inacessíveis à vista desarmada. Mas revelava-as, no dizer dos críticos, por mediação do demônio: era uma forma de magia e, por isso, fundamentalmente uma ilusão. Copérnico, Kepler e Galileu estavam a transformar o mundo visível num jogo de sombras. O Sol não se movia, a Terra sim, o céu tinha fantasmas escondidos. (Bronowski, 1988, p. 138)

Dizia Galileu acerca do uso de citações bíblicas nos assuntos da ciencia: “Parece-me que na discussão de problemas naturais, não devemos começar pela autoridade de passagens da Escritura, mas por experiencias sensíveis e demonstrações necessarias. Pois, quer a Sagrada Escritura, quer a natureza, procedem ambas da Palavra Divina. (Bronowski, 1988, p. 140)

A consciencia religiosa impregna-se de tal maneira em nosso psiquismo que não somos capazes de mudá-la a contento. Observe a perseguição que Calvino imputou a Serveto, médico e cientista que vivia na França, e que escreveu um livro atacando a doutrina ortodoxa da Trindade. A furia de Calvino foi a ponto de, sendo ele mesmo herético da Igreja Católica, ter secretamente acusado Serveto de heresia junto da Inquisição católica da França. Embora o seu livro não tivesse sido escrito nem publicado em Genebra, Calvino prendeu Serveto e queimou-o na Fogueira. (Bronowski, 1988, p. 110)

Essa divergencia entre ciencia e religião continua ainda nos dias que correm. Contudo, de acordo com Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a ciencia e a Religião não puderam se entender até hoje, porque, cada uma examinando as coisas sob seu ponto de vista exclusivo, se repeliam mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preencher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse; esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regem o movimento dos astros e a existencia dos seres. Essas relações, uma vez constatadas pela experiencia, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão e a razão não tendo encontrado nada de ilógico na fé, o materialismo foi vencido. (1984, p. 37)


5. CIENCIA ESPÍRITA

5.1. CIENCIA NATURAL E CIENCIA ESPÍRITA

As ciencias Naturais, com o passar do tempo, deixaram de ser dogmáticas para serem teóricas experimentais. Elas tornam-se positivas, ou seja, baseiam-se em fatos. Uma determinada teoria só existirá como lei se comprovada pelos fatos. O Espiritismo não foge a essa regra e age da mesma sorte. Assim:

Ciencia Natural: o conhecimento é fundamentado na observação e experiencia. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na percepção sensorial. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQUENCIAS. As consequencias serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiencia — pela percepção sensorial.

Ciencia Espírita: o conhecimento é fundamentado na observação e experiencia mediúnicas. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na mediunidade. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQUENCIAS. As consequencias serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiencia mediúnicas — pela mediunidade.

O procedimento é idêntico. A diferença consiste na natureza das percepções consideradas. Desde que fique certificado que as percepções sensoriais e as percepções mediúnicas têm a mesma validade, o conhecimento é igualmente válido. (Curti, 1981, p. 17)

5.2. EXPERIMENTADORES ESPÍRITAS

W. Crookes falecido em 1910 inicia a era científica do Espiritismo com as suas célebres experiencias realizadas de 1870 a 1874, com os médiuns Dunglas Home, Kate Fox e Florence Cook, tendo obtido a materialização completa, integral, de um Espírito falecido numa recuada época, katie King, que Crookes estudou durante três anos consecutivos, em colaboração com outros sábios ingleses, fato que teve uma repercussão mundial. Empregou método rigorosamente científico, inventando e adaptando variados aparelhos registradores. (Freire, 1955, p. 95)

Gabriel Dellane em O Fenômeno Espírita relata a criação de vários aparelhos medidores da força psíquica. A experiencia de Robert Hare é sugestiva: “A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu, aumentando assim o peso de algumas libras na balança”. (1990, p. 66)

Não são poucos os nomes ligados à experimentação espírita. Cabe destacar que a maioria deles foram ao fenômeno para desmascarar os médiuns, chamados de embusteiros. Como eram cientistas e valiam-se dos fatos, acabaram sendo convencidos pela verdade mediúnica.

Os ingleses, por exemplo, têm um aparelho, baseado nos eletroencefalogramas, destinado a medir as vibrações dos neurônios cerebrais quando um indivíduo está em transe, e verificar se se trata de fenômenos anímicos ou da inteligência de uma outra mente.


6. CULTIVO DA CIENCIA ESPÍRITA

* A conquista dos segredos da natureza exige pesquisa paciente e metódica. Ninguém pretenda alcançar o conhecimento das leis naturais, agindo atabalhoadamente, sem um roteiro, sem um sistema racional, sem um método.

* O método não significa exclusivamente ordem. Faz, também, parte integrante dele a honestidade, o amor à verdade, o equilíbrio emocional, a ausencia de prejuízos doutrinários e muitas outras atitudes positivas devem aureolar o verdadeiro investigador.

* Lembremo-nos de que o maior inimigo do pesquisador espírita é, sem dúvida, o seu emocional, carregado muitas vezes do pensamento mágico.

* Toda experiencia carece ser cuidadosamente planejada e seus resultados submetidos a rigorosa análise. Ao legítimo pesquisador não interessa seja confirmada este ou aquele ponto vista, e sim revelado qual o que está certo. Para ele só há um objetivo: a verdade.

* Toda experimentação precisa ser repetida um grande número de vezes, e seus resultados convém anotados cuidadosamente para posterior tratamento estatístico.

* O Pesquisador científico do Espiritismo deve ter conhecimento das Ciencias Naturais e da matemática. (Andrade, 1960, cap. II)

* Não se aprende a ciencia espírita sem tempo para reflexão. Por isso, nada de precipitação. O correto é aplicar-se de maneira exaustiva, excluir toda a influencia material, e observar criteriosamente os fenômenos, tanto os bons quanto os maus.


7. CONCLUSÃO

A ciencia aumentou sobremaneira a capacidade de instrumentalização do homem. Desenvolvendo tecnologias avançadas, liberou a mão de obra para atuar na área de serviços e pesquisas científicas. À medida que a ciencia avança, o indivíduo fica com mais tempo livre. Os princípios espíritas auxiliam não só a dar uma direção ao tempo livre do homem como também na criação e na utilização da nova tecnologia. Sem uma clara distinção entre o bem e o mal, podemos enveredar todo o nosso progresso científico para a destruição do nosso planeta.

O Espiritismo surgiu no momento oportuno, quando as ciencias já tinham desenvolvido o método teórico-experimental, facilitando a sua aceitação com mais naturalidade. Sabe-se que cada um deve progredir por si mesmo, descobrindo as suas proprias verdades. Porém, a presença de um professor diminui o tempo que levaríamos, caso quiséssemos descobrir tudo por nós mesmos. O Espiritismo é esse professor que nos estimula o pensamento na busca da verdade e na prática da caridade como meio de salvação de nossas almas.


8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, H. G. Novos Rumos à Experimentação Espirítica. São Paulo, Livraria Batuíra,1960.
BRONOWSKI, J. e MAZLICHE, ___. A Tradição Intelectual do Ocidente. Lisboa, Edições 70, 1988.
CURTI, R. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed., São Paulo, FEESP, 1981.
DELANNE, G. O Fenômeno Espírita. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990.
FREIRE, J. ciencia e Espiritismo (Da Sabedoria Antiga à Época Contemporânea). 2 ed., Rio de Janeiro, FEB, 1955.
GARCIA MORENTE, M. Fundamentos de Filosofia - Lições Preliminares. 4. ed., São Paulo, Mestre Jou, 1970.
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
RUIZ, J. A. Metodologia Científica - Guia para Eficiencia nos Estudos. São Paulo, Atlas, 1979.


Sérgio Biagi Gregório

Fonte: www.ceismael.com.br


domingo, 15 de março de 2009

Algumas pessoas pretendem retirar o caráter religioso do Espiritismo. O Espiritismo é Cristão ou não?

Transcreveremos abaixo a opinião do Espírito de Verdade, encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana...". E ainda um comentário de Alan Kardec, no capítulo XVII, item 4, que resume esta polêmica a zero: "O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecimento aos que duvidam ou vacilam". Rejeitar o caráter cristão do Espiritismo é rejeitar toda a essência da doutrina, que é a mesma da doutrina de Jesus. Os intelectuais, de maneira geral, rejeitam secularmente a religião ou tudo o que se envolve com ela, pois julgam que tais instituições são castradoras da liberdade. Mas, no caso de intelectuais espíritas, tal atitude é incompreensível. Os ensinamentos dos Espíritos superiores resume a questão, dizendo que o Espiritismo não só é cristão, como é o próprio Cristianismo que ressurge mais forte, trabalhando com a racionalidade, ampliando o conhecimento do homem, endereçando-lhe ao entendimento de si mesmo.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


Porque o Espiritismo teve seu início na Europa e não se desenvolveu? O Brasil é a maior pátria espírita no mundo?

No princípio, quando surgiu a Doutrina Espírita, havia um espírito da época, onde se achava que os ensinamentos da Espiritualidade iriam transformar o mundo para melhor em alguns anos. Certos Espíritos que trabalharam na Codificação e o próprio Allan Kardec assim pensavam. Porém, a história tomou outro rumo. O planeta ainda iria ter de conviver com uma forma bem mais perniciosa de materialismo, ou seja, aquela que hoje predomina na sociedade, onde o ser humano é tratado como mero objeto de consumo. O positivismo da época relativa ao nascimento do Espiritismo desapareceu. Infelizmente o sistema planejado pelo Codificador para dar corpo ao movimento espírita nascente não foi criado.

Sem método, sem organização racional e homens de coragem, a doutrina simplesmente desapareceu da Europa. Transferida para o Brasil por alguns intelectuais, a Doutrina continuou não encontrando espaço para se desenvolver conforme esperava Kardec. Transformou-se num movimento caracterizado pela total ausência da metodologia kardequiana, com tendências católicas e segmentos fanáticos que cultivam a idolatria de vivos. Um espírito chamado Ismael, ligado às teses do advogado francês Jean Baptiste Roustaing, usando de uma política católica chamada "unificação" (que mantém a unidade na Igreja), sufocou todos os esforços em se kardequizar o sistema. Pode-se dizer que o Brasil é o maior país espírita do mundo. Mas não é por nenhuma razão especial. Simplesmente é porque quase não há "Espiritismo" em outros lugares do mundo. Enquanto aqui existe cerca de oito mil casas espíritas, no resto do mundo elas não passam de alguns centenas.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


O que o Espiritismo informa sobre Jesus?

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


Uma alma que atingiu a perfeição não volta a reencarnar? Nesse estado tem perispírito?

Os Espíritos que atingem a perfeição são os chamados Espíritos Puros. Eles reencarnam apenas em missão, com o objetivo de fazer progredir a humanidade. Segundo Allan Kardec, são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia universal. O perispírito, como sabemos, é o envoltório da alma. É a forma de manifestação do Espírito e sua natureza fluídica está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Portanto, os Espíritos puros possuem perispírito, mas de uma matéria tão etérea que, para nós que habitamos os planos mais próximo da matéria, é como se não existisse.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


Como posso saber das minhas outras encarnações?

Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom senso, que não devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão todos sujeitos à lei de evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se com situações morais bem piores do que aquela em que atualmente se encontra. Ao recordarmos experiências infelizes de outras vidas, certamente ficaríamos perturbados mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver uma encarnação, sabendo que fora noutras existências um assassino cruel, ou alguém que tivesse tirado a própria vida. Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo, um rei que agira com irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado numa favela. Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso filho, facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança de outras vidas seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente da Lei, contribuindo para a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que o esquecimento do passado é apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações voltam à mente do Espírito com naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada um. Só em casos excepcionais Deus permite que durante a vida carnal, o homem saiba de alguns fatos ligados ao seu passado.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


Qual o tempo que separa as encarnações?

Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se, expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e expiações. Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o Espírito no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e se conseguem novas oportunidades de crédito. Se têm muitas dívidas e deseja novos créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer se ver livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho do Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição evolutiva do Espírito.

Fonte: http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/entrada.html


sábado, 14 de março de 2009

Família

Tremenda surpresa ocorre em nossa mente no momento da morte.

A despeito de nossas próprias opiniões anteriores, continuamos vivos.

O corpo retoma ao reino inorgânico, sujeito que está à mutação universal, enquanto reconhecemos que a morte é renascimento.

A forma se dissolve, mas a alma é a mesma. O espírito levanta-se do cérebro desertado e assim se torna um novo ser.

Durante essa transformação, as sensações físicas nos chamam de volta; enquanto isso acontece, a consciência desperta.

Temos de rever as nossas contas. Muitas vezes, deparamos com inúmeros débitos que têm de ser pagos.

Nem sempre damos conta dos nossos enganos, mas a lei cármica sabe de tudo e esses débitos são transportados para a existência seguinte: por causa deles, voltaremos em novo nascimento.

Geralmente, nascemos outra vez entre aqueles que são nossos inimigos de passadas vidas, a fim de enfrentá-los e superar antigas ofensas.

Às vezes, eles ressurgem num lar sob diferentes formas e são chamados pai e mãe, filho ou filha, marido ou mulher, amigos ou vizinhos.

A possibilidade de reequilíbrio é restaurada. A prática do amor abre as portas da compreensão...

Se erros foram cometidos ontem, precisamos corrigi-los hoje.

A reencarnação traz esclarecimentos acerca das aversões e das súbitas hostilidades nos círculos familiares que, aparentemente, não têm sentido. Por essa razão, temos em nosso lar terreno uma escola de redenção, na qual o sofrimento atinge a sua finalidade.

Os obstáculos, numa família, podem ser a maneira pela qual o amor encaminha uma existência melhor, pois que paciência gera força.

Não apenas a disciplina numa família é essencial, mas o lar exige que você se torne altruísta e tenha consideração pelos outros.

Isto não pode ser alcançado com promessas e ostentações. Essa conquista é realizada no silêncio da alma, no seu ensejo de assegurar a felicidade aos seus próprios parentes.

Esteja atento à caridade no seu próprio lar. Faça bom emprego das vantagens do momento que passa. Quase sempre, você se encontrará numa família com a finalidade de trabalhar pela sua própria purificação.

Não a retarde. Você terá de prestar contas à vida. A oportunidade lhe está ao alcance. Procure amar e esquecer no lar, mais e mais; se está fazendo isso, você poderá dizer: "Venci!"

ERNEST Q'BRIEN

Fonte: www.comunidadeespirita.com.br


sexta-feira, 13 de março de 2009

Panteísmo

Vamos a uma proposta de conclusão do que é Panteísmo:

1. O que é o panteísmo e por quê a Doutrina Espírita não aceita seus pressupostos?

Panteísmo (1), do grego pan = tudo + théos = Deus, é:
1. Uma doutrina que identifica tudo o que existe com Deus;
2. Doutrina de Spinoza onde Deus é a única forma de existência do ser;
3. Forma doutrinária que vê Deus manifesto em toda a natureza.

Kardec(2) assinala que o “panteísmo (...) considera o princípio universal de vida e de inteligência como constituindo a Divindade. Deus é concomitantemente Espírito e matéria; todos os seres, todos os corpos da Natureza compõem a Divindade, da qual são as moléculas e os elementos constitutivos; Deus é o conjunto de todas as inteligências reunidas; cada indivíduo, sendo uma parte do todo, é Deus ele próprio; nenhum ser superior e independente rege o conjunto; o Universo é uma imensa república sem chefe, ou antes, onde cada qual é chefe com poder absoluto.”

Para o Prof. J. Herculano Pires(3), “(...) panteísmo é uma concepção monista do mundo, que pode ser traduzida na expressão: tudo é Deus. Spinoza foi o sistematizador filosófico dessa concepção. Deus é a realidade única, da qual todas as coisas não são mais do que emanações.”

O Espiritismo não aceita a doutrina panteísta porque, conforme lemos na questão 16 de O Livro dos Espíritos, o panteísmo pretende fazer de Deus um ser material, “embora dotado de suprema inteligência”. Como a matéria está em constante mutação, Deus não teria estabilidade, pois “achar-se-ia sujeito a todas as vicissitudes, mesmo a todas as necessidades da humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos da Divindade: a imutabilidade.”

No início da questão, os Instrutores Espirituais já haviam advertido Kardec de que a razão deveria ser utilizada para se reconhecer o absurdo da doutrina panteísta.

2. Será que devemos aprofundar o estudo a respeito de Deus cada vez mais, até que O compreendamos por completo?

A questão 14 não deixa dúvidas. Os Espíritos nos esclarecem que Deus existe e isto é o essencial. Ir além dessa convicção significa que nos perderíamos em um labirinto de onde não conseguiríamos sair. Uma investigação sem fim não nos tornaria melhores, antes mais orgulhosos, porque julgaríamos saber o que na realidade não saberíamos. O conselho a seguir é magistral: “Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.”

(1) http://www.terraespiritual.org/espiritismo/Safesp/glossario.html;
(2)Allan Kardec, O Céu e o Inferno, Cap. 1º, item 7;
(3) J. Herculano Pires, O Espírito e o Tempo, Cap. 4, pág. 162;

Fonte: www.sitepalace.com



quarta-feira, 11 de março de 2009

Aliança da Ciência e da Religião

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.

São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Fonte: www.evangelho.espiritismo.nom.br